quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PINGO DE FORTALEZA E AMIGOS CANTAM MANTRAS EM AXÉ DE LUZ

Cantor, compositor, produtor cultural e pesquisador, Pingo de Fortaleza, cantou Canudos, a Sedição de Juazeiro e lendas do imaginário popular do Nordeste, além de loas que levantaram arquibancadas à passagem do Maracatu Solar. Canta também o cotidiano, a vida da cidade, os filhos, os amigos. Numa nova experiência, uniu-se a parceiros e gravou o álbum Axé de Luz, em que as canções ganharam sonoridades orientais, como mantras. Pingo fará lançamentos em vários espaços de Fortaleza. O primeiro será sábado (26), 18h, na Associação Solar, no Benfica. Toda a renda será doada para o Centro de Apoio a mães de Portadores de Eficiência (Campe).

O álbum nasceu, segundo Pingo, “diante da necessidade espiritual de agradecer tanta coisa boa”. Como ele sempre ouve das pessoas que muitas composições suas são de “natureza mântricas”, foi entrar em estúdio, pesquisar sons e com o apoio de Marcus Vinnie nos arranjos e instrumentação, e músicos, compositores e cantores amigos, gravar o álbum.  Foi masterizado e mixado por Airton Montezuma, do Planeta Estúdio
No total são 16 composições feitas em parceria com Vinnie, Henrique Beltrão, Sílvio Gurjão, José Mapurunga, Fernando Neri, Augusto Moita, Chico Pio, Guaracy Rodrigues e Descartes Gadelha. Os sons de instrumentos típicos da música indiana como sitar, harmônio e flautas diversas, somam-se a outros do Oriente. Interpretando as canções mântricas, estão também no álbum os cantores Edmar Ginçalves, Edinho Vilas Boas, Marta Aurélia, Serrão, Eliahne Brasileiro e Calé Alencar.

A primeira faixa, “Mantras”, dele com Vinnie e Sílvio Gurjão, é uma exaltação à vida: “Vivo e deixo viver igual./ Poder nadar, pular e nadar./ da Terra a vida de um ser animal. / Vivo e deixo viver igual”.

“Solencanto (Canto ao Sol)”, originalmente gravada em ritmo de maracatu cearense, é muito cantada em encontros voltados para melhoria da auto-estima e aprimoramento das relações dos seres humanos com sua natureza e com o meio ambiente. Um trecho da letra diz: “Nem tudo está a nos favorecer. / Mas o dia pode ser o que se quer. / O sol está nos olhos de quem brilha. / O céu está nos olhos de quem vê. / O sol.”. A música foi composta em 1994, quando Pingo realizava temporada de 23 shows pela Europa e agora ganhou novo arranjo.

Composição sempre pedida nos shows de Pingo e de Henrique Beltrão que ganhou sons indianos foi Aproveite o Dia: “Aproveite o dia com sabedoria./ Já diziam os gregos e os budistas: aproveite o dia. /Já diziam os bahá'is e os taoístas: aproveite o dia. /Já dizia o povo da física quântica: aproveite o instante. /Levante a cabeça e siga adiante. Aproveite o instante.”

O álbum que conta com o patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil – BNB e com o apoio do Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará, não terá encarte sofisticado. Num clima de simplicidade, será embalado em papel de pão, informa Pingo.  Na última segunda-feira, enquanto almoçavam no Mandir, restaurante vegetariano do Benfica, Pingo e Henrique Beltrão ligaram várias vezes para localizar integrantes do Centro de Apoio a Mães de Portadores de Eficiência (Campe) para lhes dar a boa notícia da doação da renda a ser arrecadada com a venda do álbum.

 


 

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